O Pavilhão Rosa Mota, antigo Palácio dos Desportos, acolheu pelo segundo ano consecutivo o Oporto International Karate Open. A 15ª edição deste torneio internacional coincide com os 25 anos do Núcleo Português de Karate (NPK), clube impulsionador desta competição que contou também com o apoio da Federação Nacional de Karate Portugal (FNK-P).
Patrícia Esparteiro, karateca do NPK que participa no torneio desde o seu início, falou-nos como esta competição tem vindo a evoluir. “Há uns anos atrás era um torneio mais fechado, mais interno e agora começámos a abrir as portas para [atletas] internacionais”, sendo uma maneira não só de projetar o karate português a nível internacional mas também uma oportunidade e “uma mais valia [pois] beneficia a competitividade de todos os atletas a nível nacional que não se podem deslocar a torneios internacionais”, acrescentou Carlos Silva, presidente da FNK-P.
Este ano, o Open Internacional de Karate do Porto bateu o record de inscrições das edições anteriores: pelas oito áreas de combate, no dia 13 de fevereiro, passaram mais de mil karatecas de sete nacionalidades distintas, espelhando a evolução da modalidade a nível nacional e internacional. “Isto cada vez, de ano para ano, dá-nos mais responsabilidades… a vinda de estrangeiros cá é porque acham que o nível do nosso torneio é agradável”, destacou José Carvalho, diretor técnico do NPK. Também o presidente da Junta de Freguesia de Campanhã, Ernesto Santos, referiu a evolução da modalidade na freguesia: “o karate é uma modalidade que há cerca de 3 ou 4 anos não existia em Campanhã e hoje tem uma grande expressão, mercê de dois clubes de karate que temos em Campanhã (…) e tem cada vez maior adesão”.
Em prova estiveram, durante todo o sábado, karatecas entre os 6 e os 90 anos de idade, representando 100 clubes nacionais e internacionais; atletas masculinos e femininos que competiram em 28 categorias: em kata (formas) e kumite (combates), tendo em conta o seu género, idade e peso. Nota ainda para os masters, que chamam à competição atletas veteranos, categoria que encontra expressão nacional apenas neste torneio.
A estes números, somam-se ainda outros tão ou mais importantes: os atletas contaram com a arbitragem de cerca de 70 juízes e com o apoio de 50 elementos da organização, que também tem vindo a crescer, destacou Paulo Cardoso do NPK, concluindo que “todos os anos estamos a incrementar mais o compromisso de para o ano continuarmos [a fazer] mais e melhor”.
A seleção nacional de karate de cadetes, juniores e sub 21 vai estar presente no Campeonato Europeu de Karate, promovido pela European Karate Federation (EKF), com data marcada para os dias 5, 6 e 7 de fevereiro, em Limassol, no Chipre.
A comitiva portuguesa conta com dezassete atletas, femininos e masculinos, dos vários escalões: Ana Oliveira, Laura Pires, Mariana Belo, Mariana Lelis, Rita Morgado, Tânia Barros, Albino Sousa, Eduardo Garcia, David Fernandes, Diogo Moreira, Diogo Ribeiro, João Casimiro, João Xavier, Luís Vandermuren, Miguel Alcobia, Miguel Diz e Rodrigo Pina.
Aos karatecas juntam-se ainda o selecionador nacional, Joaquim Gonçalves, dois treinadores regionais, quatro árbitros internacionais e Carlos Silva, presidente da Federação Nacional de Karate – Portugal.
Vila das Aves foi palco do XXII Grande Torneio de Karate de Vila das Aves, a 14ª edição internacional desta prova e a terceira vez que João Salgado, ex presidente da Federação Nacional de Karate Portugal, é homenageado.
No dia 16 de janeiro o Pavilhão Municipal de Santo Tirso acolheu cerca de mil karatecas, neste torneio organizado pelo Karate Shotokan de Vila das Aves e com a chancela da Federação Nacional de Karate Portugal.
Em competição, nas duas vertentes do karate - kata e kumite - estiveram atletas a partir dos dez anos de idade, isto é, os escalões masculinos e femininos de iniciados, juvenis, cadetes, juniores, sub-21 e seniores.
Para além dos clubes portugueses em prova, de norte a sul do país sem esquecer as ilhas, o torneio chamou também à competição atletas das seleções nacionais de Portugal e de Espanha. A organização planeou também a presença das seleções de África do Sul, do Egipto e de Marracos, o que acabou por não se concretizar uma vez que os atletas estrangeiros não conseguiram o visto necessário para viajar até ao nosso país.
No entanto, a competição direta de kumite entre a seleção portuguesa e a seleção espanhola foi um momento competitivo de relevo. A competir pelo seu país na vertente de kumite, cada equipa foi composta por seis karatecas que disputaram combates de três minutos cada, tendo levado a melhor a seleção espanhola em seniores masculinos. Também os escalões mais novos protagonizaram um encontro ibérico, sendo, neste caso, as equipas constituídas por karatecas femininos e masculinos.
Outro aspeto marcante deste torneio, e o mais emotivo, foi a competição de kata de atletas com Trissomia 21. Integrada no programa Karate Para Todos da Federação Nacional de Karate – Portugal, esta prova foi uma novidade competitiva nesta modalidade, facilmente aceite pelo público, confirmando o caráter inclusivo do karate. Os karatecas portadores desta deficiência executaram uma kata cada um, cativando e envolvendo todos os que assistiam às suas prestações, retribuindo a concentração dos atletas com fortes aplausos.
Joaquim Fernandes é outro dos nomes ligados às artes marciais e aos desportos de combate que vê o seu trabalho reconhecido, neste caso como árbitro de karate, ao ser indicado, pela Federação Nacional de Karate – Portugal, para a atribuição do prémio de Personalidade do Ano.
Este galardão, como já referimos anteriormente, foi entregue pela Confederação do Desporto de Portugal na XX Gala do Desporto, a grande festa do desporto nacional e de todas as federações desportivas, que decorreu no dia 11 de novembro no Casino Estoril.
Joaquim Fernandes não esteve presente na gala uma vez que se encontrava na Indonésia a ajuizar o Campeonato do Mundo de Karate de Cadetes, Juniores e Sub-21.
Com um percurso notável no panorama da arbitragem lusa, o mestre de Vila das Aves é presidente do Conselho de Arbitragem Nacional, é membro do Tribunal Arbitral do Desporto e é o único árbitro português que pertence à World Karate Federation (WKF).