Depois de avançada a possibilidade de Telma Monteiro, à semelhança de Nélson Évora, trocar o emblema das águias pelo dos leões, a judoca confirmou a sua continuidade no Sport Lisboa e Benfica. "Sabia do interesse, da proposta [do Sporting Clube de Portugal], mas a minha negociação foi sempre com o Benfica e o resultado é esta continuidade no Benfica (…) fiquei onde o meu coração pedia para ficar, onde eu queria ficar. Estou feliz que tudo se tenha resolvido."
Apesar de não serem conhecidos os valores da proposta verde e branca, a eventual transferência da judoca do Benfica para Alvalade vem no seguimento de “polémicas transferências”, sobretudo no atletismo, entre os dois clubes da segunda circular.
No jantar de apoio à candidatura de Luís Filipe Vieira para a liderança das águias, o presidente dos encarnados destacou Telma Monteiro e elogiou a sua atitude por permanecer no clube. “É importante realçar a postura da Telma, que não queria sair do Benfica. Foi confrontada com uma proposta, que na minha ótica é irreal no momento desportivo no nosso país, nomeadamente das modalidades... Mas ela foi de uma grandeza muito grande. A maneira como abdicou de tantas coisas... É preciso realçar: a Telma quis ficar no Benfica", frisou.
Este ano medalha de bronze nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, Telma Monteiro está no clube da Luz desde 2007, renovando agora contrato por mais cinco anos, até 2021, um ano depois dos Jogos Olímpicos de Tóquio.
Texto: Joana França/Kombat Press
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Depois da judoca Telma Monteiro ter recusado a graduação de 5º Dan atribuída pela Federação Portuguesa de Judo (FPJ), por considerar que “merecia mais”, a FPJ admite agora rever essa graduação.
Num primeiro instante, Telma Monteiro aceitou a graduação mas, ao perceber que havia judocas nacionais com a graduação de 6ª Dan, a judoca, “humildemente”, recusou esse cinto. "Conquistei 21 medalhas em Europeus e Mundiais, e este ano, a primeira medalha olímpica do judo feminino português. Sou a 5ª judoca mais medalhada do Mundo. Tentei durante a minha carreira ter um comportamento exemplar dentro e fora do tapete – dei tudo, sempre. Não podia ter feito mais até aqui", desabafou Telma Monteiro nas redes sociais.
"Falei com a Telma, tivemos uma conversa cordial e amistosa, em que me fez saber que merecia uma graduação maior, o 6º Dan. Vivemos numa democracia, a pessoa visada considera que merece mais, vamos ponderar sobre o assunto", referiu o presidente da FPJ, Manuel Costa e Oliveira. Segundo o regulamento da FPJ, existe uma Comissão Nacional de Graduações nomeada pela direção que "tem a competência da ratificação de todas as graduações iguais ou superiores a 1º Dan".
Em Portugal há 16 judocas graduados com o 6º Dan, sendo os mais recentes os ex-judocas Nuno Delgado, Pedro Soares, Filipa Cavalleri e Michel Almeida – todos eles com um percurso notável na modalidade, mas nenhum que iguale as conquistas da judoca do Benfica. Há ainda outros dois judocas portugueses com uma graduação mais alta: Pedro Gonçalves e Manuel Martins têm o 7º Dan, graduação atribuída pela União Europeia de Judo, sob proposta e fundamentação da FPJ.
Texto: Joana França/Kombat Press
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A judoca portuguesa recusou a graduação de 5º Dan atribuída, ontem, pela Federação Portuguesa de Judo (FPJ).
No decorrer do Campeonato Nacional de Equipas Seniores, a FPJ homenageou os judocas, treinadores, árbitros e dirigentes que levaram as cores portuguesas às competições olímpica e paralímpica no Rio de Janeiro. Telma Monteiro, o nome mais conceituado destas comitivas no judo, foi alvo de especial distinção, uma vez que trouxe para Portugal a medalha de bronze na sua categoria. A judoca do Sport Lisboa e Benfica recebeu, por isso, uma medalha de honra da FPJ e o diploma de graduação de 5º Dan.
Aos 30 anos de idade, para além do bronze olímpico, Telma Monteiro tem cinco títulos de Campeã da Europa e foi quatro vezes Vice-Campeã do Mundo, um palmarés invejável e sem igual na modalidade a nível nacional. Na sua página do Facebook, a judoca mostrou-se triste com este reconhecimento, explicando porquê: “as Graduações - passagem de "cor do cinto" ou DAN - são um momento marcante na vida de um judoca. Todos apertam orgulhosamente o seu cinto, reflexo do seu conhecimento técnico, da sua entrega, do seu carácter.” As graduações podem ser feitas por exame ou atribuídas por mérito, como foi o caso de alguns judocas que receberam o 6º Dan pelo trabalho desenvolvido na modalidade. Telma Monteiro continua, partilhando: “hoje [ontem] a Federação atribui-me o 5º Dan, talvez fosse esperado que ficasse feliz, mas confesso que fiquei surpreendida e triste – o que mais teria de fazer para também merecer a distinção do 6º Dan? – por isso, humildemente, reneguei essa honra”.
Aceitando o 5º dan, esta seria a graduação de Telma Monteiro durante os próximos oito anos. “Iria olhar para a minha cintura e ficar triste por ter aceite algo inferior ao que já foi atribuído (…) prometo que mesmo sendo 3º Dan, continuarei a honrar orgulhosamente o judo português”, rematou a judoca.
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O Sporting Clube de Portugal (SCP) sagrou-se Campeão Nacional de equipas ao vencer o Campeonato Nacional de Equipas Seniores “Jogos Santa Casa”, que decorreu ontem no Pavilhão Multiusos de Odivelas.
A equipa masculina do SCP, da qual fazem parte, entre outros, os judocas olímpicos Jorge Fonseca e Sergiu Oleinic, passou as meias finais com uma vitória de 4-1 sobre a equipa da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias (ULHT), vencendo depois na final, também por 4-1, a equipa das Oficinas de São José, ficando esta com a prata. Quanto à medalha de bronze, esta foi partilhada pelas equipas da Escola de Judo Nuno Delgado e pela ULHT.
Esta foi a quinta vitória dos leões nesta competição, em seis anos de prova. Os judocas “verde e brancos” recuperaram um título que, no ano passado, ficou nas mãos da Lusófona. "A nossa vitória foi justa e merecida, pois ganhamos todos os nossos combates num campeonato bem disputado e equilibrado. Foi muito importante ter havido a possibilidade de rodar bastante a equipa, utilizando vários judocas. O nosso projeto em Alvalade está sólido. Estamos a trabalhar bem e desde que o Sporting entrou neste campeonato, a partir de 2010, só perdemos uma vez, que foi o ano passado", destacou o treinador do SCP, Pedro Soares.
O campeonato contou ainda com mais quatro equipas: o Boavista Futebol Clube, o Sport Algés Dafundo, o Judo Clube de Lisboa e a Associação Académica de Coimbra, fazendo um total de oito equipas masculinas. No feminino, apenas a “equipa dos estudantes” esteve representada, não sendo atribuído qualquer título após a desistência da equipa leonina.
Texto: Joana França/Kombat Press
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No próximo domingo, dia 2 de outubro, o Pavilhão Multiusos de Odivelas recebe o Campeonato Nacional de Judo de Equipas Seniores “Jogos Santa Casa”.
Promovido pela Federação Portuguesa de Judo, esta competição é considera “uma das mais empolgantes provas do calendário nacional” no escalão sénior, uma vez que a competição, como o próprio nome indica, é realizada por clubes.
As pesagens começam pelas 08h00, seguindo-se depois o sorteio às 09h30, arrancando a competição às 10h30. Nos tapetes vão estar, no feminino, atletas das categorias -52kg, -57kg, -63kg, -70 e +70kg; no masculino, os judocas em competição dividem-se pelos pesos -60kg, -66kg, -73kg, -81kg e +81kg.
Texto: Joana França/Kombat Press
O judoca português Anri Egutidze alcançou a medalha de prata no Campeonato Europeu de Juniores que decorreu entre os dias 16 e 18 deste mês em Málaga.
O judoca do Sporting Clube de Portugal cedeu apenas na final frente ao sérvio Nemanja Majdov, Campeão Europeu em 2014. Anri não conseguiu pontuar no combate decisivo, acabando por perder por yuko. Entre os 34 atletas em competição, na categoria de -81 kg, Anri foi o segundo melhor judoca europeu.
No percurso até à final, onde obteve a sua primeira medalha em europeus, Egutidze somou quatro vitórias em cinco encontros. O judoca lusitano entrou a ganhar frente a Davis Duda da Letónia; seguiu-se outra vitória, mas mais complicada, sobre o francês Nicolas Chilard. Num combate que foi uma reedição da Taça da Europa de Juniores, em Coimbra, este ano, o português voltou a defrontar o holandês Jim Heijman mas deste vez com um desfecho diferente: vitória por ippon para Anri. Na semifinal Egutidze precisou apenas de um minuto para bater, por ippon, o alemão Tim Gramkow, que acabou por ficar em terceiro na competição, assim, como o russo Turpal Tepkaev.
Nos três dias de competição foram mais nove os judocas portugueses que pisaram os tapetes do Sport Palace Jose María Carpena em Málaga, Espanha: João Martinho (que acabou a competição em 5º lugar) Mariana Esteves, Catarina Costa, Pedro Silva (todos em 7º lugar), Jaime Santos, Patrícia Sampaio, David Reis e Miguel Alves (9º lugar) e Maria Siderot que perdeu logo no primeiro combate frente à húngara Campeã da Europa 2015.
Juntando as prestações individuais dos judocas portugueses, Portugal ocupou o 15º lugar da classificação geral, entre 41 países. Em destaque, com mais medalhas, esteve a equipa francesa, seguida da russa e da alemã.
Na competição coletiva, que se realizou domingo, a equipa portuguesa masculina defrontou e venceu a Bielorrússia, cedendo depois frente à equipa holandesa. Na repescagem, Portugal voltou a perder, agora perante a equipa da Ucrânia, acabando esta competição no 7º posto da tabela, lugar dividido com a Áustria.
Os 10 atletas portugueses, orientados por João Pina e Marco Morais, fizeram parte de um total de 405 judocas dos vários países da europa, nesta que é uma das competições mais conceituadas a nível europeu no escalão de juniores.
Texto: Joana França/Kombat Press
Fotos: Europena Judo Union
Arranca hoje o Campeonato Europeu Judo, no escalão de juniores, que se estende até dia 18, domingo. A cidade andaluza de Málaga, que recebe desde 2013 o European Judo Cup Seniors e o OTC Going for Gold, é a anfitriã do campeonato.
Nesta que é uma das provas mais importantes deste escalão onde marcam presença mais de 400 atletas de 44 países, são 10 os judocas portugueses que vão pisar os tatamis do Sport Palace Málaga José María Carpena: David Reis (-66kg), Miguel Alves (-73kg), Anri Egutidze (-81kg), João Martinho (-81kg), Jaime Santos (-90kg), Pedro Silva (-100kg), Catarina Costa (-48kg), Maria Siderot (-48kg), Mariana Esteves (-52kg) e Patrícia Sampaio (-78kg).
A delegação portuguesa em Espanha conta com a orientação dos treinadores João Pina e Marco Morais, com o apoio do fisioterapeuta Sérgio Morais e com o árbitro internacional Eduardo Garcia que recentemente desempenhou funções nos Jogos Paralímpicos.
No sorteio de ontem, o mesmo dia em que os atletas portugueses partiram para Málaga, os judocas lusos ficaram a conhecer os seus adversários. Em ação, no primeiro dia de competição, estão cinco judocas: Catarina Costa frente à turca Tuge Beder, Mariana Siderot defronta Reka Pupp da Hungria, Mariana Esteves pode combater com Anamaria Lonita da Roménia ou com a italiana Giulia Pierucci, David Reis divide o tatami com o francês Daniel Jean e Miguel Alves mede forças com o bielorrusso Hrynory Klebcha.
Sábado será a vez de Patrícia Sampaio que tem como adversária a croata Brisita Matic, Anri Egutidze que enfrenta David Duda da Letónia, João Martinho bate-se com o islandês Logi Haraldsson, Jaime Santos encontra-se com Aslan Minzayev do Azerbaijão e Pedro Silva terá como oponente Rhys Thompson da Grã Bretenha.
O último dia do campeonato, domingo, irá chamar à competição os judocas portugueses em equipa. O Campeonato Europeu de Juniores junta, por isso, os melhores judocas da Europa para uma competição individual e coletiva.
Texto: Joana França/Kombat Press
Foto: DR
Na sua estreia paralímpica, o atleta luso pisou (ontem) o tapete da Arena Carioca 3, defrontando um atleta brasileiro: Halyson Oliveira Boto venceu Miguel Vieira (de branco, na foto de cima) por ippon. "Depois de um ataque que não foi bem conseguido, ele conseguiu responder e estava a estrangular-me o ombro. Fui obrigado a desistir", contou Miguel Vieira. O treinador Jerónimo Ferreira reconhece que o atleta português entrou bem no combate, cansando o seu adversário. No entanto, reforça que "o outro estava-lhe a fazer um estrangulamento e estava a fazer grande pressão no ombro, que ainda está um pouco magoado".
Apesar da derrota, Miguel Vieira voltou a escrever o seu nome na história do judo nacional. Depois de ser o primeiro judoca cego em competições internacionais, Miguel é agora também o responsável por colocar o judo português na esfera paralímpica.
Em 2013, o judoca do Clube de Judo Total conquistou a medalha de ouro no Open Internacional Saltinis Games, na Lituânia. No ano passado, esteve presente no Campeonato Europeu de Judo para Cegos e Baixa Visão que decorreu em Odivelas, onde se classificou em 7º lugar.
A paixão pelo judo surgiu ainda em Luanda, quando criança. As condições de treino em nada eram parecidas com as que hoje tem em Lisboa. Em 2005, uma doença ocular afastou Miguel dos tatamis, tendo deixado Angola rumo a Portugal para realizar tratamentos médicos. Apesar dos esforços, Miguel Vieira acabou por cegar aos 20 anos.
A sua vida deu uma “cambalhota” enorme e as mudanças foram muitas. Em 2012, depois de vários anos (de 2005 a 2012) afastado do desporto, Miguel retomou algo que conhecia: o judo. Foi no Clube de Judo Total, na Ameixoeira em Lisboa, que redescobriu a modalidade, reinventando-se no tatami. Nesta nova fase da sua vida, para além do treinador Jerónimo Ferreira e do colega de treino Nuno Ferreira, Miguel tem outro parceiro fundamental: a cadela Vespa que sempre o acompanha, sendo já uma presença habitual em redor dos tatamis por onde Miguel passa.
No Rio de Janeiro, Miguel Vieira, 20º judoca do ranking mundial, perdeu com o 26º atleta do mesmo ranking, mas a força e determinação que o movem não foram abaladas. "Foi muito bom, há sempre uma emoção única na estreia. Este combate vai ficar para sempre na minha mente. O judoca acrescentou ainda: “Terminou este combate, perdi! Agora tenho de continuar a lutar".
Cinturão negro, graduação por mérito atribuída recentemente pela Federação Portuguesa de Judo, Miguel Vieira ambiciona agora lutar por um lugar na próxima edição dos Jogos Paralímpicos, em Tóquio 2020.
Texto: Joana França/Kombat Press
Fotos: Carlos Matos/Imapress/CPP (capa) e Paulo Pimenta
Começa hoje a maior competição paralímpica que reúne mais de 4000 atletas de 171 países. São 20 os espaços que vão receber as 23 modalidades paralímpicas: atletismo, basquetebol em cadeira de rodas, boccia, canoagem, ciclismo, esgrima em cadeira de rodas, futebol de 5, futebol de 7, goalball, halterofilismo, hipismo, judo, natação, remo, rugby em cadeira de rodas, ténis de mesa, ténis em cadeira de rodas, tiro com arco, tiro desportivo, triatlo, vela e voleibol sentado – umas adaptadas, outras criadas para os atletas paralímpicos.
Igualde, inclusão e excelência desportiva são as linhas que orientam os atletas com aspirações paralímpicas, atletas com deficiências físicas ou cognitivas.
Os Jogos Paralímpicos tiveram a sua primeira edição em 1960, em Roma. De 2004 data o lema destes jogos: “espírito em movimento”, promovido pelo Comité Paralímpico Internacional (IPC).
Este ano, nos Jogos no Rio de Janeiro, entre as sete modalidades que contam com atletas portugueses, 37 no total (na foto, na Aldeia Olímpica), destacamos o judo: pela primeira vez em nove presenças paralímpicas portuguesas, a modalidade está representada na maior competição de desporto adaptado. O judo é modalidade paralímpica desde Seul 1988, sendo que as atletas femininas apenas começaram a integrar a competição a partir de Atenas 2004. O judo paralímpico, praticado por atletas cegos ou com baixa capacidade de visão, é a única arte marcial que faz parte do painel das modalidades paralímpicas. Os atletas dividem-se por classes (B1, B2 e B3) consoante o grau de incapacidade visual que apresentam.
Na edição carioca dos Jogos Paralímpicos, os judocas lutam por um lugar no pódio divididos em 13 categorias competitivas (sete masculinas e seis femininas). Miguel Vieira é um dos judocas que vai pisar os tapetes da Arena Carioca 3. O atleta luso escreve assim o seu nome na história do judo nacional, uma vez que é o primeiro judoca português a participar nuns Jogos Paralímpicos. A competição de judo começa já amanhã, dia 8, e dura até dia 10. As cores nacionais sobem ao tapete logo no primeiro dia da competição onde vão estar os judocas masculinos até 66 kg, categoria de Miguel Vieira.
O judo português está também representado em terras cariocas pelo árbitro Eduardo Garcia. Árbitro Internacional de Desporto para Cegos da European Blind Sports Federation (IBSA), Garcia marca presença, pela terceira vez consecutiva, nos Jogos Paralímpicos, tendo feito parte das equipas de arbitragem também em Pequim (2008) e Londres (2012).
A cerimónia de abertura dos Jogos Paralímpicos decorre hoje no Maracanã, a partir das 22h15, hora portuguesa.
Texto: Joana França/Kombat Press
Foto: Carlos Matos/IMAPRESS/CPP
A comitiva portuguesa partiu ontem de Lisboa rumo ao sonho olímpico. São 37 os atletas portugueses que vão representar as cores nacionais, a terceira maior delegação portuguesa depois dos 52 atletas em Sydney 2000 e dos 41 atletas em Atenas 2004.
A nona presença de Portugal em Jogos Paralímpicos conta com representações em sete modalidades: atletismo (17 atletas), boccia (10), ciclismo (2), natação (5), equitação (1), tiro (1) e judo (1).
É precisamente para esta última modalidade – o judo – que vai o destaque de quinta feira. No momento que antecedeu a partida dos atletas para o Rio de Janeiro, no Aeroporto Humberto Delgado em Lisboa, o judoca Miguel Vieira foi graduado com o cinto negro; graduação por mérito atribuída pela Federação Portuguesa de Judo, pela mão do presidente Manuel Costa Oliveira. “Como judoca que sou não faz sentido não seguir o exemplo da Telma Monteiro [medalha de bronze nos Jogos Olímpicos do Rio 2016]. Vou fazer o meu melhor e os resultados logo virão dentro do tapete”, garantiu Miguel Vieira, o primeiro judoca português a participar nos Jogos Paralímpicos.
“Quaisquer que sejam os resultados já partem como vencedores”, foram as palavras de incentivo de Ferro Rodrigues, presidente da Assembleia da República. Também na cerimónia que recebeu a comitiva paralímpica portuguesa, quarta feira, no picadeiro do antigo Museu dos Coches em Lisboa (na foto), Marcelo Rebelo de Sousa, presidente da República, frisou que “convosco [atletas paralímpicos] estarão milhões e milhões de portugueses. Todos os votos de felicidade é o que vos formulo, com muita, muita amizade, em nome de Portugal”.
Em representação de Portugal no Brasil estará também o primeiro-ministro António Costa, na cerimónia de abertura. “O exemplo dos atletas paralímpicos é um exemplo que nos deve inspirar a todos, mas mais que inspirar deve motivar a termos uma sociedade inclusiva na escola, no espaço público e no mercado de trabalho”, destacou o primeiro-ministro.
Movidos pelo espírito de igualdade, inclusão e excelência desportiva, Humberto Santos, presidente do Comité Paralímpico Português acredita que “os atletas não deixarão por mãos alheias os créditos que lhes são reconhecidos, não obstante as assimetrias de preparação que são conhecidas”.
Os Jogos Paralímpicos cariocas decorrem entre os dias 7 e 18 de setembro. O Rio de Janeiro recebe mais de 4 000 atletas de 171 países para a competição paralímpica.
Texto: Joana França/Kombat Press
Foto: A. Lopes/Lusa