Enquanto o mundo do judô se prepara para os Jogos Olímpicos de Paris 2024, um atleta se destaca não apenas por sua habilidade, mas também por sua jornada e idade notáveis. Will Tai Tin, nascido em 1985, em Invercargill, Samoa, está prestes a se tornar o participante mais velho do torneio de judô e o judoca masculino mais velho deste século a competir em qualquer Jogos Olímpicos. Aos 39 anos, a história de Tai Tin é de florescimento tardio, dedicação e uma paixão inabalável pelo esporte que ele só começou aos trinta anos.
Criado em Samoa e atualmente residindo em Melbourne, Austrália, Tai Tin embarcou em sua jornada no judô relativamente tarde na vida. Ele começou a treinar em 2016 na Academia de Judô Taketani com o Sensei Naohiro Taketani. O que começou como uma busca pela saúde e uma forma de atividade para os filhos, que já praticavam judô, logo se tornou um compromisso sério. Uma viagem transformadora ao Japão no final de 2016 catalisou sua dedicação, levando-o a se dedicar totalmente ao judô competitivo ao retornar.
Tai Tin treina principalmente na Senshi Academy, em Melbourne, sob a orientação do técnico Ivo Dos Santos, que também o acompanhará como técnico principal de Samoa nas Olimpíadas de Paris. Seu regime de treinamento inclui sessões rigorosas de força e condicionamento no Grit Athletic Performance com os treinadores Robbie Tissera e Tyson Deane. Apesar de ter começado o judô mais tarde na vida, Tai Tin rapidamente se destacou no cenário internacional. Ele competiu nos Campeonatos Mundiais em 2019 e 2021 e participou de vários eventos do World Judo Tour. Seu melhor desempenho veio no Aberto da Oceania de 2022, no Taiti, onde terminou em quinto lugar na categoria -73 kg.
A família desempenha um papel significativo na vida de Tai Tin. Ele é pai de dois filhos, Ethan e Lily, que competem no judô nos níveis cadete e júnior. Dividir o pódio com seus filhos no Campeonato Nacional Australiano é uma de suas lembranças mais queridas. A jornada de Tai Tin não envolve apenas conquistas pessoais, mas também inspirar e desenvolver o judô nas nações do Pacífico. Ele é apaixonado por usar o judô como veículo para mudanças positivas, melhorando o bem-estar e a qualidade de vida em sua comunidade.
Fora do judô, Tai Tin gosta de natureza, caminhadas, leitura, viagens e rúgbi – tanto para assistir quanto para jogar. Seu herói é Richie McCaw, o lendário jogador da união de rugby da Nova Zelândia, cuja disciplina e sucesso inspiram a abordagem de Tai Tin ao judô. Sua filosofia esportiva, “Você erra 100% dos arremessos que não dá”, e seu lema, “Deixe tudo no tatame”, refletem sua determinação e comprometimento em aproveitar ao máximo cada oportunidade.
Enquanto se prepara para Paris 2024, Tai Tin está preparado para fazer história e servir de inspiração para atletas de todo o mundo. Sua jornada desde o início tardio no judô até se tornar o judoca mais velho nas Olimpíadas ressalta o poder da dedicação, da resiliência e da crença de que nunca é tarde para perseguir os próprios sonhos.