Rui Bragança é um dos 95 atletas portugueses que vai defender as cores nacionais nos Jogos Olímpicos do Rio 2016.
Esta é a segunda presença do taekwondo luso nas olimpíadas, depois de Pedro Póvoa participar nos Jogos Olímpicos de Pequim 2008.
Natural de Guimarães, Rui Bragança é treinado por Hugo Serrão no Vitória Sport Club. Praticante de taekwondo desde os 13 anos, depois de uma passagem pelo karate e pela natação, Rui Bragança viu confirmado o seu lugar nos Jogos Olímpicos ainda no final do ano passado com um quarto lugar no Grand Prix do México.
Em 2015 fez história ao conquistar a medalha de ouro nos primeiros Jogos Europeus em Baku (Azerbaijão). Em maio deste ano voltou a ser notícia: revalidou o título de Campeão Europeu na Suíça. A primeira grande conquista do atleta vimaranense foi em 2007 quando, ainda júnior, arrecadou uma medalha de bronze no Europeu de Juniores no Azerbaijão. Entre 2007 e 2016, os títulos nacionais e internacionais tornaram-se cada vez mais frequentes. E também nas competições universitárias, não fosse Rui aluno do 6º ano de medicina na Universidade do Minho. Só no ano passado, foram vinte e duas as competições fora do país onde marcou presença. Campeonatos nacionais, opens internacionais, grand prix, campeonatos da Europa ou campeonatos do Mundo: Rui Bragança coleciona medalhas de todas estas competições.
Aos 24 anos, e depois de não ter conseguido o apuramento em 2012, Rui Bragança realiza agora o sonho de participar nos Jogos Olímpicos. Canhoto e mais alto do que apenas três dos seus quinze adversários olímpicos na categoria de -58 kg, Rui pisa o dojang da Arena Carioca 3, na Barra da Tijuca, a 17 de agosto.
Serão 128 os atletas que vão disputar medalhas no taekwondo em 8 provas que vão opor 63 países.
«Para mim é xadrez misturado com esgrima. Na esgrima usam o sabre e no taekwondo usamos as pernas. Depois há toda a parte estratégica, muito semelhante à do xadrez. Quem está de fora, e não conhece a modalidade, só vê pontapés e não percebe nada. Se os dois atletas pontapearem ao mesmo tempo, há um choque e ninguém pontua. É um desporto muito tático e exigente do ponto de vista físico. São seis minutos num espaço pequeno, muito desgastante». É esta a forma como Rui Bragança define este estilo coreano que tem competição olímpica desde os Jogos Olímpicos de Sydney 2000. Curiosa é a comparação entre o taekwondo e a esgrima uma vez que estas modalidades vão partilhar a casa olímpica – a Arena Carioca 3 - nestes jogos, entre os dias 5 e 21 de agosto.
Texto: Joana França/Kombat Press
Foto: DR