Treze: número místico e associado ao azar? Para a seleção portuguesa de kickboxing que esteve em competição no Campeonato do Mundo, em Itália, este foi um número mágico. Foi o número de cinturões conquistados pelos atletas portugueses; foi o número de vezes que a portuguesa ecoou em Andria com Portugal a ocupar o primeiro lugar do pódio.
Entre os dias 7 e 12 de novembro Itália foi palco do Campeonato do Mundo de Kickboxing da World Kickboxing Federation (WKF), reunindo cerca de 800 atletas de 56 países nos escalões de kids, cadetes, juniores, seniores, veteranos e masters que competiram nas várias disciplinas do kickboxing.
Portugal esteve presente na competição internacional com uma comitiva de 26 elementos que alcançou resultados históricos: 13 medalhas de ouro, 11 de prata e 11 de bronze. “Como resumo desta extraordinária semana resta-me pensar que até parece fácil, que até parece que os resultados obtidos perdem o valor pela quantidade, mas apenas quem lá esteve sabe o real valor de cada conquista, da entrega necessária, das guerras travadas a cada combate”, foram as palavras de César Moreira, treinador nacional.
A história portuguesa neste mundial, teve então muitos protagonistas: Hugo Estrela (54 kg, full contact), Pedro Roque (60 kg, thai boxing, júnior), Tiago Santos (63,5 kg, low kick, júnior), André Santos (63,5 kg, K-1), Jorge Pocinho (67 kg, full contact), André Vendeiro (81 kg, low kick), Pedro Santos (81 kg, full contact), André Pereira (60 kg, semi contact, júnior), Gonçalo Silva (60 kg, light contact, júnior) André Silva (63,5 kg, light kick, júnior), César Furtado (86 kg, light contact), Renato Costa (60 kg, light contact) e Bruno Sousa (formas musicais, sabre) foram os 13 atletas lusos que saíram de Itália com o cinturão de Campeão do Mundo ao ombro.
Ao segundo lugar do pódio, arrecadando a medalha de prata, subiram Rui Costa (60 kg, muaythai), Pedro Roque (60 kg, low kick), André Vendeiro (81 kg, full), Roberto Baltaru (81 kg, low kick), Renato Costa (60 kg, full), João Pires (71 kg, light contact, júnior), André Pereira (60 kg, light contact, júnior), Gonçalo Silva (60 kg, semi contact, júnior), André Silva (63,5 kg, light kick, júnior) e Bruno Sousa (formas musicais, bastão).
Mas as medalhas portuguesas não se ficam por aqui, somando-se mais outras tantas de bronze pelas mãos de Hugo Estrela (54 kg, low kick), Rui Costa (60 kg, K-1), André Santos (63,5 kg, low kick), Ricardo Fernandes (81 kg, K-1), Roberto Baltaru (81 kg, full), Pedro Santos (86 kg, low kick), João Pires (full, júnior), César Furtado (86 kg, full) e Bruno Sousa (formas musicais, punhos).
Perante esta impar prestação global da seleção nacional em terras italianas, César Moreira partilhou: “Vocês [atletas] encheram-me de orgulho! Não um ou outro, não os que venceram ou os que perderam, mas todos! Todos, pois conseguiram tornar-se um grupo fantástico, um grupo unido, uma família, uma equipa”. Uma equipa que teve guerreiros a combater em duas disciplinas, alguns até em três, superando riscos desportivos como o cansaço ou lesões. “A alma lusa, a raça e determinação de cada um, a superação pessoal e coletiva, a união e espírito de grupo fizeram de Portugal um dos países de topo neste campeonato”.
Desta comitiva portuguesa fizeram ainda parte o treinador Paulo Santos e o árbitro Augusto Pinto. Um ano de trabalho entre atletas, treinadores e 11 clubes nacionais que foi agora recompensado com estas conquistas representativas do valor do kickboxing português.
Santorini, na Grécia, irá acolher a próxima edição do Campeonato do Mundo de Kickboxing da WKF, em Maio de 2017.
Treze, outra vez. Foi também o dia em que os atletas lusos regressaram a Portugal, recuperando agora baterias para os próximos desafios, almejando outros objetivos.
Texto: Joana França/Kombat Press
Foto: DR