Ouse sonhar, uma história incrível foi adicionada à rica história do judô georgiano com Lasha Bekauri, que conseguiu estender seu título de 2021. Foi uma conquista espetacular, e os deuses do judô pareciam favorecê-lo enquanto ele ascendia ao degrau mais alto do pódio mais uma vez. Bekauri, conhecido por seu espírito de lutador contagiante, só conseguia rir e saborear o momento. Tbilisi foi virada de cabeça para baixo para o homem que uma vez agitou a cidade com seus feitos notáveis.
A final entre Bekauri e Sanshiro Murao (JPN) foi a partida dos sonhos que muitos esperavam em Paris este ano. Murao, espetacular durante toda a sessão da manhã, foi o primeiro a agir, marcando um waza-ari precoce e dando a impressão de controle. No entanto, ninguém pode realmente controlar o mágico georgiano. Bekauri, com seu estilo característico, fez dois movimentos de waza-ari, cada vez usando um braço, perna ou pé para enganchar seu oponente e, finalmente, ajoelhou-se em triunfo. Ele fez isso de novo, em um estilo que era simplesmente impressionante.
Esta final marcou o terceiro encontro entre Bekauri e Murao, com cada partida seguindo um padrão similar: um waza-ari para Murao, mas no final, dois waza-ari para Bekauri. Não é de se espantar que ele seja chamado de mágico. “Eu acreditei, eu realmente tive fé que isso poderia acontecer. Era meu grande sonho, e eu fiz tudo por isso, realmente tudo”, disse Bekauri, agora um bicampeão olímpico.
Na primeira disputa pela medalha de bronze, Maxime-Gael Ngayap Hambou (FRA) enfrentou Rafael Macedo (BRA). Ambos os judocas receberam shidos rapidamente por não atacarem e evitarem pegadas. O momento decisivo veio quando Macedo, tentando imobilizar seu oponente, aplicou um shime-waza incorretamente e pegou a cabeça de Ngayap Hambou. Esta terceira penalidade custou a partida a Macedo, dando a medalha de bronze a Ngayap Hambou, sua primeira medalha olímpica e a sétima da França nestes Jogos.
A segunda disputa pela medalha de bronze foi entre Theodoros Tselidis (GRE) e Tristani Mosakhlishvili (ESP). Tselidis, inspirado por Sagi Muki, usou sua técnica especial de seoi-otoshi para marcar um waza-ari precoce. O resto da partida foi uma batalha tática controlada perfeitamente por Tselidis, o que lhe rendeu sua primeira medalha olímpica.
Nas semifinais, a tensão era alta entre Ngayap Hambou e Murao. Apesar dos esforços e da estratégia de Ngayap Hambou, a força de Murao prevaleceu, garantindo-lhe uma vaga na final. A segunda semifinal viu o estilo pouco ortodoxo de judô de Bekauri contra Mosakhlishvili. Ambos receberam dois shidos no início, abrindo espaço para ataques acrobáticos principalmente de Bekauri. No golden score, o ataque implacável de Bekauri levou ao terceiro shido de Mosakhlishvili por passividade, garantindo a vaga de Bekauri em sua segunda final olímpica consecutiva.
Na repescagem, Rafael Macedo (BRA) demonstrou sua determinação, marcando duas vezes contra Juyeop Han (KOR) para chegar à disputa pela medalha de bronze. A segunda disputa de repescagem viu Theodoros Tselidis (GRE) derrotar Aram Grigorian (EAU), que foi penalizado três vezes.
A jornada de Lasha Bekauri para seu segundo ouro olímpico foi nada menos que extraordinária, acrescentando um novo capítulo à ilustre história do judô da Geórgia. Sua alegria e determinação contagiantes inspiraram muitos, transformando-o em uma figura amada em Tbilisi e além.