Tajiquistão em ascensão, Dzhebov na sala de espera

O cenário do judô no Tadjiquistão está em ascensão, com atletas promissores surgindo em diversas categorias de peso. Os fãs do judô ficam constantemente surpresos com o poder crescente de uma nova nação do judô. O nome mais familiar é, claro, o do ex-líder do Ranking Mundial Temur Rakhimov. Especialistas reconhecem Somon Makhmadbekov como um candidato confiável à medalha, mas desde o título mundial júnior de Nurali Emomali em 2022, o Tajiquistão se tornou cada vez mais uma força significativa no mapa do judô.

Esta dinâmica ficou particularmente evidente durante o Grande Prémio de 2023 em Dushanbe, onde o país de origem teve inúmeras oportunidades de se destacar com o forte apoio de um público experiente. A atualização do evento para o nível Grand Slam apresentou outro prodígio, Quvatov, que saiu vitorioso. Na categoria até 66kg, o Tajiquistão enfrenta o luxo de ter dois atletas de ponta disputando uma vaga olímpica. Um dos judocas de destaque é Obid Dzhebov, que demonstrou notável habilidade na categoria de -66 kg. Apesar de seu histórico impressionante, Dzhebov por pouco não conseguiu garantir uma vaga nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. No final das contas, foi Emomali quem se classificou, deixando Dhzebov sem vaga. Dhzebov perdeu para Matteo Piras (ITA) por uma vaga nas quartas de final do Campeonato Mundial.

Obid Dzhebov, de 26 anos, nasceu em Tver, na Rússia, e mais tarde mudou-se para Dushanbe, no Tadjiquistão, onde reside atualmente. Ele começou sua jornada no judô em 2001, inspirado por seu irmão Anushervon. Treinando no Hoji Sharif Tajiquistão sob a orientação dos treinadores Foteh Makhmadbekov e Tori Tamura, Dzhebov tornou-se um competidor formidável no cenário internacional.

As recentes conquistas de Dzhebov destacam seu crescente domínio na categoria de -66 kg. Ele conquistou o ouro no Grande Prêmio de 2023 em Dushanbe e a prata em 2024. Além disso, ganhou uma medalha de prata no Grand Slam de 2023 em Ulaanbaatar e um bronze no Grand Slam de 2024 em Antalya. A sua consistência e habilidade valeram-lhe reconhecimento, mas a competição acirrada pelas vagas de qualificação olímpica fez com que ele não conseguisse chegar a Paris.

O caminho para as Olimpíadas está repleto de desafios e a jornada de Dzhebov não foi exceção. Competindo em uma categoria de peso altamente competitiva, enfrentou adversários difíceis e lutas intensas. No último Campeonato Mundial, ele terminou em 17º em sua categoria, ressaltando ainda mais o nível de competição que disputou.

O compromisso de Dzhebov com o judô é evidente em seu extenso regime de treinamento em Dushanbe e em sua participação em inúmeras competições internacionais. Apesar de seu forte desempenho, os pontos acumulados por seus competidores o tiraram da vaga olímpica.

Fundo

Além do judô, a vida de Dzhebov é enriquecida por sua família, incluindo sua esposa, filho, pais, irmão Anushervon e duas irmãs. Ele também se inspira em seu primo, Tolib Dzhebov, que também compete na categoria -66 kg.

Dzhebov é fã de futebol, principalmente do Chelsea, e se inspira no lutador de artes marciais mistas Khabib Nurmagomedov, 29 vezes campeão invicto do UFC e duas vezes campeão mundial de sambo. Essas influências moldaram a abordagem de Dzhebov ao judô, combinando dedicação, disciplina e espírito competitivo.

Embora Obid Dzhebov não compita nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, ele demonstrou um potencial significativo para o futuro. O poder do Tajiquistão só aumentará. Dzhebov está preparado para alcançar mais marcos nos próximos anos.