A estrela em ascensão Joanne van Lieshout conquista o sensacional título mundial

A ascensão meteórica de Joanne van Lieshout no judô continua a cativar o mundo dos esportes. A sensação holandesa de 21 anos, já bicampeã mundial júnior, acrescentou um título mundial sênior aos seus elogios na quarta-feira em Abu Dhabi. A vitória de Van Lieshout a marca como um talento de destaque, seguindo os passos de lendas como Teddy Riner e Lukas Krpalek, que também fizeram a transição de campeãs juniores para vários campeões mundiais seniores.

Na final feminina até 63kg, Van Lieshout enfrentou Angelika Szymanska, da Polônia. Apesar das impressionantes habilidades ne-waza de Szymanska, o domínio de Van Lieshout no confronto direto (3-0) sugeria uma disputa difícil pela frente. A luta foi uma intensa batalha ne-waza desde o início, com ambos os judocas demonstrando proficiência na transição e buscando oportunidades para kansetsu-waza, shime-waza e agarramentos. No final das contas, Van Lieshout garantiu a vitória com um waza-ari em contra-ataque ao uchi-mata de Szymanska, selando a vitória apenas 30 segundos antes do final. Este triunfo fez de Van Lieshout a primeira mulher holandesa a conquistar um título mundial desde 2009, quando o último campeão masculino pela Holanda foi Noel van 't End em 2019.

As disputas pela medalha de bronze na categoria até 63kg foram igualmente emocionantes. A primeira disputa contou com Clarisse Agbegnenou (FRA) e Andreja Leski (SLO), finalistas do Mundial de 2023. Apesar de uma luta intensa, Agbegnenou conquistou sua nona medalha mundial sênior nos pênaltis. A segunda luta pela medalha de bronze viu Laura Fazliu (KOS) enfrentar Catherine Beauchemin-Pinard (CAN). O foco e o poder de Fazliu estavam em plena exibição enquanto ela executava um o-uchi-gaeshi para waza-ari, mantendo a liderança até o tempo acabar.

A jornada de Van Lieshout até a final foi marcada por uma vitória decisiva sobre Beauchemin-Pinard na semifinal, onde foi a cabeça-de-chave do ippon. Esse desempenho lhe garantiu um resultado pelo menos um nível acima do bronze em Doha no ano anterior. Na outra semifinal, Szymanska exibiu suas excepcionais habilidades ne-waza, prendendo Leski de forma convincente para garantir sua primeira medalha mundial, independentemente do resultado final. A ascensão de Szymanska ao pódio foi uma conquista notável, especialmente depois de ficar em quinto lugar em Tashkent em 2022.

Katharina Haecker (AUS) também teve um impacto notável com o lançamento mais rápido do dia durante as preliminares, demonstrando velocidade e habilidade incríveis. Porém, sua jornada foi interrompida, evidenciando a imprevisibilidade da competição.

A presença de Agbegnenou, quinto classificado, ao lado do cabeça-de-chave Beauchemin-Pinard, e do campeão mundial não classificado Horikawa (JPN), aumentou a imprevisibilidade do evento. A derrota de Agbegnenou nas quartas de final para Beauchemin-Pinard e a subsequente conquista da medalha de bronze ressaltaram a natureza competitiva do torneio. No início deste ano, no Grand Slam de Paris, o trabalho de base excepcional de Van Lieshout já havia preparado o terreno para ela desafiar os atuais campeões.

A vitória de Van Lieshout em Abu Dhabi não só aumenta o seu legado crescente, mas também sinaliza a chegada de uma nova geração de campeões de judô. Sua capacidade de atuar sob pressão e garantir um título mundial tão jovem a posiciona como uma candidata formidável para competições futuras, incluindo os próximos Jogos Olímpicos de Paris. A seleção holandesa de judô e os fãs de todo o mundo celebram esta conquista histórica, antecipando ansiosamente o que está por vir para Joanne van Lieshout.