Comentários de Jocko Willink sobre o Caminho Marcial do Musashi Moderno

Minha obsessão por Miyamoto Musashi começou quando eu tinha 13 anos, logo depois que meu sensei me deu um exemplar de Go Rin No Sho, O Livro dos Cinco Anéis.

Foi enquanto pesquisava sobre Musashi que me deparei pela primeira vez com o nome Jocko Willink — descobri um episódio do seu Jocko Podcast dedicado aos samurais e seus escritos.

Pela primeira vez, pude ouvir uma análise de Musashi por alguém que enfrentou inimigos na guerra e viu a morte de perto. Veja, Willink é um ex-comandante tenente da Navy SEAL que liderou sua equipe na batalha por Ramadi durante a Guerra do Iraque. Ele recebeu a Estrela de Prata e a Estrela de Bronze. Ele também é faixa preta de jiu-jitsu brasileiro.

Ouvindo aquele podcast, foi como se Willink estivesse canalizando Musashi. A mensagem de ambos os homens é tão poderosa porque cada um descreve as experiências de um guerreiro. Não é uma mensagem colhida de um livro, nem uma aprendida de um professor. O próprio Musashi disse: “Não tenho professor em nada”, e quando você ouve Willink falar, você ouve a mesma verdade. É por isso que eu agarrei a oportunidade de entrevistá-lo para o Black Belt. Espero que você ganhe tanto com nossa conversa quanto eu ganhei.

Como você se interessou por Miyamoto Musashi? Foi antes, durante ou depois do seu serviço militar?

Foi durante meu serviço. Você se interessa por Musashi quando ouve sobre um cara que lutou mais de 60 lutas de espadas — a maioria delas até a morte — e venceu todas e escreveu sobre isso. Então, quando você passa sua vida como eu passei na arena de combate, você tenta ouvir pessoas que têm conhecimento para passar para você.