A alemã Anna-Maria Wagner demonstrou seu domínio e garantiu seu segundo título mundial na categoria até 78kg no Campeonato Mundial de Judô de 2024, em Abu Dhabi. Ao fazer isso, ela solidificou seu lugar nos próximos Jogos Olímpicos, consolidando seu status como uma das principais candidatas ao ouro olímpico.
Wagner, perseguida de perto pelas companheiras alemãs Alina Boehm e Anna-Monta Olek, ambas classificadas entre as dez primeiras do mundo, manteve a pole position com graça e determinação. Ela chegou à final contra a italiana Alice Bellandi já com a qualificação olímpica garantida, o que lhe permitiu focar inteiramente no desempenho.
Antes da final, Wagner parecia relaxada, enfatizando sua abordagem de encarar cada partida conforme ela se apresenta. “Hoje não foi sobre o ingresso olímpico. Queria dar tudo luta por luta e poder usar minha pegada dominante. muito longe”, afirmou Wagner.
Na final, Wagner controlou os três primeiros minutos, obrigando Bellandi a aceitar dois pênaltis. Porém, Bellandi começou a resolver a estratégia emocionante de Wagner e lançou dois osoto-garis que quase marcaram. O erro de Bellandi ocorreu quando ela voltou a ser seoi-otoshi. Wagner, antecipando-se a isso, segurou a lapela e aplicou um shime-waza devastador, garantindo sua vitória com o segundo título mundial. Seu desempenho foi uma mensagem clara para seus competidores antes dos Jogos Olímpicos.
Concursos de Medalha de Bronze
Madeleine Malonga (FRA), ex-campeã mundial, conquistou a primeira medalha de bronze contra Jeongyun Lee (KOR). Apesar do forte desempenho de Lee ao longo do dia, incluindo um arremesso de ombro que marcou no início da partida, a experiência e habilidade tática de Malonga levaram ao terceiro pênalti de Lee, dando a vitória a Malonga.
A segunda medalha de bronze foi disputada entre Audrey Tcheumeo (FRA) e Emma Reid (GBR). Tcheumeo começou agressivamente, marcando waza-ari com uma combinação de o-uchi para uchi-mata e fazendo a transição para kesa-gatame. No entanto, a tenacidade de Reid brilhou quando ela executou uma ponte para rolar Tcheumeo e aplicou seu próprio kesa-gatame para ippon, marcando seu melhor desempenho até o momento.
A Jornada de Alice Bellandi
A medalhista de prata Alice Bellandi (ITA) teve um caminho desafiador, mas impressionante, até a final. Ela lançou Chala (ECU) por ippon e derrotou Sampaio (POR) no placar de ouro com um waza-ari. Bellandi então enfrentou Tcheumeo nas quartas-de-final, onde demonstrou superioridade tática, levando à desclassificação de Tcheumeo nos pênaltis. Nas semifinais, Bellandi continuou em boa forma ao lançar Malonga com um enorme osoto-gari, garantindo a representação da Itália na final.
Ansiosa pelas Olimpíadas
A vitória de Wagner não só acrescenta outro elogio à sua carreira, mas também a posiciona como uma das principais candidatas ao ouro olímpico. Refletindo sobre suas experiências anteriores, incluindo a medalha de bronze em Tóquio 2021, Wagner entra no ano olímpico com confiança e experiência valiosa.
A Alemanha pode aguardar com expectativa a participação de Wagner nas Olimpíadas, com a certeza das suas capacidades e coragem mental. Com o segundo título mundial em mãos, Wagner fez um comunicado aos concorrentes: está pronta para conquistar a etapa olímpica.
Esta vitória em Abu Dhabi ressalta a profundidade e o talento da Alemanha até 78 kg, com Wagner liderando o ataque como uma força formidável no cenário mundial.