Devido à atual e conturbada situação política que se vive no Irão, Kimia Alizadeh, que estava de férias na Europa, optou por não regressar a casa onde tem também sido vítima de descriminação de género. “Sou uma entre os milhões de mulheres oprimidas no Irão, com as quais as autoridades lidaram sempre como quiseram. (…) Levaram-me sempre para onde queriam, vesti-me sempre como eles quiseram e repeti as frases que me ordenaram, manipularam as minhas medalhas".
Kimia foi medalha de bronze nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, pela seleção iraniana que abandonou recentemente; integra agora a seleção de taekwondo dos Países Baixos estando a treinar em Eindhoven.
Com 21 anos a atleta não pretende voltar ao Irão, garantindo no entanto que será "sempre iraniana, onde quer que esteja", mas que agora a sua preocupação é praticar a modalidade que ama de forma segura e feliz.
Texto: Joana França/Kombat Press
Foto: DR