A 2.ª Cimeira das Federações Desportivas, a realizar no próximo dia 12 de janeiro, quer mobilizar o Movimento Desportivo na discussão das melhores medidas para combater a progressiva, e em alguns casos irreversível, fragilização e degradação da sustentabilidade do tecido desportivo nacional, em contexto de pandemia, face à ausência de uma resposta político-desportiva cabal.
Volvido cerca de meio ano desde a 1ª Cimeira das Federações Desportivas e atravessado mais um período crítico de restrições impostas pelos sucessivos Estados de Emergência, que acarretou um forte prejuízo humano e financeiro para o desporto, Comité Olímpico de Portugal, Comité Paralímpico de Portugal, Confederação do Desporto de Portugal, Comissão de Atletas Olímpicos, Comissão de Atletas Paralímpicos e Confederação de Treinadores de Portugal observam que o Relatório da Comissão Europeia sobre o Impacto Económico da COVID-19 no setor, na União Europeia, reportou que o PIB de todos os Estados-Membros seria afetado em cerca de 10% em resultado das perdas do setor, que se estimam em cerca de menos 50.000,00 milhões de euros.
O Relatório alertou para a essencialidade dos apoios estatais no sentido de fazerem face à perda abrupta de receitas e às consequentes dificuldades das organizações desportivas no cumprimento das responsabilidades financeiras de curto, médio e longo prazo, e sublinhou a progressiva necessidade de o desporto ser tratado numa lógica mais integrada, em estreita ligação com outros setores correlacionados, como é o da saúde. Ao contrário do que tem vindo a ocorrer no País, noutros setores mais vulneráveis ao impacto da crise, e na generalidade dos países europeus, com a injeção de apoios públicos ao desporto, Portugal prima pela ausência de medidas significativas.
A manutenção do atual cenário, reforçado recentemente pela ausência de qualquer resposta aos efeitos da pandemia no desporto, no leque das prioridades da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia, impõe a realização da 2ª Cimeira das Federações Desportivas como momento capaz de assumir uma tomada de posição efetiva, no sentido de levar as autoridades governativas nacionais a alinharem a sua ação pelos padrões internacionais. Tornando ainda mais robusta esta iniciativa junta-se-lhe agora também o Conselho Nacional de Associações dos Profissionais de Educação Física e Desporto (CNAPEF).
Fonte: COP
Foto: COP