Hoje, dia em que os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 foram (finalmente) adiados, continuamos com a entrevista a Pedro Carvalho, lutador de MMA.
KP: Como tem sido a experiência de ser um dos protagonistas do Bellator?
PC: Estar no patamar que estou é, sem dúvida alguma, motivo de grande orgulho para mim, mas ao mesmo tempo não perco tempo a pensar no assunto porque isto para mim não é suficiente. Quando me meti nisto foi por algo muito maior, como disse anteriormente, ser um dos melhores de sempre e provar que sou o melhor lutador do Mundo da atualidade. Neste momento ainda estou longe desse objetivo, por isso não é altura de olhar para o quão bom tem sido mas sim continuar a trabalhar para continuar a caminhada e a subir até ao topo.
KP: Como é a tua rotina diária em tempos ditos “normais”, treino a 100%?
PC: O meu dia a dia é só um quer tenha combate marcado ou não: treinar de segunda a segunda!
KP: O que podemos esperar para a luta com o Pitbull, estás ainda mais motivado?
PC: Da luta com o Patrício podem esperar o mesmo de sempre: domínio e uma vitória! É apenas mais uma luta.
KP: O que mais aprecias num adversário?
PC: Para ser sincero, nada em específico. Não me importo se o meu adversário é um trash talker ou um atleta super respeitador, eu só quero alguém com quem competir, para me manter ativo e continuar a minha caminhada rumo ao topo.
KP: O que menos gostas num adversário?
PC: Nada em específico.
KP: Qual a luta que nunca vais esquecer? Porquê?
PC: Stephan Bonnar vs Forrest Griffin, não só porque foi uma das primeiras lutas que vi mas também porque é um dos maiores clássicos do MMA mundial.
KP: Tens alguma superstição ou amuleto antes de um combate?
PC: Não, nunca quis usar coisas desse género porque acho que deixam o atleta fraco psicologicamente, pois para aquele atleta o sucesso daquele combate vai depender daquele objeto ou ritual. Agora vamos imaginar que por algum motivo o ritual se quebra, por algo inesperado ou o atleta se esquece do objeto, psicologicamente aquele atleta vai ficar muito em baixo, e isso facilmente pode levar a derrotas. Eu acredito que nós fazemos a nossa própria sorte, a nossa ética de trabalho e self belief é tudo o que precisamos para um bom combate.
KP: Qual a tua comida favorita?
PC: Difícil de dizer uma, mas a primeira que me salta à cabeça é, sem dúvida, a francesinha.
KP: Três músicas que não faltam na tua playlist…
PC: Drake - Started from the bottom, Aerosmith - Dream On e 50 cent - Still think I’m nothing
KP: Sentes saudades de Portugal? Pensas voltar?
PC: Eu venho a Portugal regularmente por isso nunca sinto “aquela saudade grande”. Em relação a voltar, tão cedo não faz parte dos meus planos. A minha vida toda está neste momento na Irlanda, a minha carreira passa pela Irlanda e eu estou apenas no início.
KP: No futuro (longínquo esperamos), quando deixares de ser atleta, onde te poderemos encontrar?
PC: Já pensei nisso muitas vezes, mas ainda não tenho uma resposta…. Atualmente digo que provavelmente não será algo relacionado com MMA, mas eu ainda tenho pelo menos mais 10 anos de carreira e em 10 anos muita coisa muda por isso é difícil de prever isso… Neste momento o foco está no aqui e agora: e o meu futuro próximo é tornar-me Campeão do Mundo após bater o Patrício Pitbull.
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Entrevista: Joana França/Kombat Press
Fotos: DR
Agradecimento: Pedro Carvalho